É melhor já ir se acostumando com os deepfakes
Rafael Capanema
24/06/2019 09h35
Talvez você tenha visto nos últimos dias montagens algo insólitas e extremamente bem feitas estrelando o Jair Bolsonaro e o Sergio Moro.
Os vídeos, conhecidos como deepfakes, são obra do Bruno Sartori, jornalista, editor de vídeo e estudante de direito. A criação mais famosa dele é esta, em que o presidente da República aparece como Chapolin Colorado:
Outro vídeo do Bruno que bombou foi este em que o atual ministro da Justiça Sergio Moro surge vestido de melindrosa, em referência a uma conversa que teve com o promotor Deltan Dallagnol sobre o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, divulgada pelo site The Intercept Brasil.
Menos conhecida, mas igualmente impressionante, é esta montagem de Bolsonaro como o palhaço Bozo:
Aqui temos Bolsonaro como Elizabeth II, em um vídeo feito pelo Bruno depois de o presidente ter questionado "querem me deixar como rainha da Inglaterra?" sobre um projeto de lei que transfere a parlamentares o poder de indicar integrantes de agências reguladoras.
Ontem, o canal do site E-farsas no YouTube publicou uma entrevista muito interessante com o Bruno, em que ele explica a técnica que usa para criar os vídeos e dá dicas de como identificar um deepfake:
Não fosse o surrealismo da obra do Bruno, seria quase impossível identificar a farsa, já que os vídeos beiram a perfeição técnica. Mas só imagine quando essa tecnologia cair em mão erradas. É melhor já ir se acostumando.
Para acompanhar as criações do Bruno, você pode segui-lo no Instagram, no Twitter e no YouTube.
Sobre o Autor
Rafael Capanema é formado em jornalismo. Trabalhou na Folha de S.Paulo e no BuzzFeed. Paulistano, mora em Madri desde 2015.
Sobre o Blog
Um espaço para entreter, tendo sempre o humor como norte, a partir da minha experiência como redator de entretenimento, repórter de tecnologia e autor de blogs nos primórdios.